sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Lei Seca

Numa lista de 82 países pesquisados pela International Center For Alcohol Policies, instituição com sede em Washington (EUA), a nova lei seca brasileira com limite de 2 decigramas de álcool por litro de sangue é mais rígida que 63 nações, iguala-se em rigidez a cinco e é mais tolerante que outras 13, onde o limite legal varia de zero a 1 decigrama.

Com a nova lei em vigor, o limite legal agora é equivalente a um chope. Além de multa de R$ 955, a lei prevê a perda do direito de dirigir e a retenção do veículo.

A partir de 6 decigramas por litro (dois chopes), a punição será acrescida de prisão. A pena
de seis meses a três anos e é afiançável (de R$ 300 a R$ 1.200, em média, mas depende
do entendimento do delegado). [...]

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
da Folha de S.Paulo

Bom, no papel é tudo muito bonito, um dos países mais rígidos em questão ao álcool no trânsito e tudo mais, porém a lei seca no Brasil surgiu como uma febre. No início, quando ela foi criada, várias blitz e fiscalização a todo momento. As pessoas já estavam começando a se adaptar à nova realidade, os índices de acidentes de trânsito dentro das cidades já caía alguns percentuais. Mas, Brasil é Brasil né ?! Menos de seis meses após a sua criação, a Lei Seca já havia perdido força. Aquela preocupação de antes foi se dissipando, e tudo foi voltando a como era antes. Já não haviam bafômetros suficientes para atender a demanda, e os índices que antes tinham caído, voltaram a subir.
Neste mês de abril parece que a ''febre'' está voltando. Foram comprados bafômetros para atender a demanda, e policiais já estão ficando à espreita em barzinhos e boates, esperando alguém que esteja alcoolizado sair e pegar o carro para dirigir. A Lei Seca ''voltou''. Agora nos resta ver ser ela chegou para ficar de vez, ou ela continuará como um ''rio intermitente'': em épocas de eleição, ou em outra época favorável a alguém que detém o poder, ela volte, como esses rios, que apenas possuem água nos períodos de chuva.

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